Há evidências crescentes de que estar em espaços naturais - seja durante a jardinagem ou ouvindo o canto dos pássaros - tem um efeito positivo na saúde mental. Estar na natureza também está ligado à melhoria da função cognitiva, maior relaxamento, lidar com traumas e aliviar certos sintomas de transtorno de déficit de atenção em crianças.
E agora, numa época em que muitas pessoas estão em casa devido às restrições do Covid-19, os jardins privados têm sido os espaços verdes mais acessíveis para quem os possui.
Embora conduzido antes da atual pandemia, um estudo publicado recentemente mostrou que ter plantas em jardins frontais domésticos (jardins frontais) está associado a menos sinais de estresse.
O experimento avaliou os níveis de estresse fisiológico e psicológico antes e depois de adicionar plantas a jardins antes expostos em Salford, Greater Manchester. "Tomamos medidas das concentrações de cortisol dos participantes (às vezes referido como "o hormônio do estresse") em sua saliva, bem como estresse percebido auto-relatado. Os participantes tinham idades entre 21 e 86 anos e 64% deles eram mulheres", disse um dos pesquisadores.
As plantas usadas para a pesquisa, nos jardins forma: plantas ornamentais - incluindo petúnias, violas, alecrim, lavanda, azaléias, clematis e uma árvore amelanchier (mespilus nevado) ou um zimbro anão.
Menor estresse
Durante um período de um ano, houve uma queda de 6% nos níveis de estresse percebidos pelos residentes, que cuidaram dos jardins. A redução de 6% é equivalente ao impacto de longo prazo de oito sessões semanais de atenção plena.
Também foram apresentadas alterações no cortisol, o principal hormônio de resposta ao estresse do corpo, que pode ativar a resposta de "lutar ou fugir" e regular o sono e os níveis de energia. Pelo menos 24% dos residentes voltaram a ter um padrão de cortisol diário saudável. Isso aumentou para 53% três meses após a adição das plantas, sugerindo melhor saúde mental nesses participantes.
A teoria da restauração da atenção propõe que a exposição a ambientes naturais restaura nossa capacidade de nos concentrar em tarefas que requerem esforço e atenção direcionada. Passar tempo em ambientes naturais exige menos "poder do cérebro", por assim dizer, pois não precisamos nos concentrar tanto em estímulos ou tarefas específicas, nem em suprimir distrações. A natureza também nos oferece oportunidades de reflexão. A teoria da redução do estresse propõe que os ambientes naturais provocam respostas emocionais instantâneas e menos sentimentos negativos do que os ambientes não naturais.
Os resultados do nosso estudo mostram a importância de até mesmo pequenos espaços verdes para reduzir o estresse e podem ser considerações importantes no planejamento local, desenvolvimento urbano e saúde e assistência social. O pensamento integrado entre os setores de meio ambiente construído, meio ambiente e saúde é necessário.
Fonte: Medical Xpress
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